Base na Bíblia: Lucas 18: 09-14 “... Jesus também contou esta parábola para os que achavam que eram muito
bons e desprezavam os outros; Dois homens foram ao Templo para orar. Um era
fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu ficou de pé e orou sozinho,
assim: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem
imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou cobrador de
impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que
ganho.’ Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para
o céu. Batia no peito e dizia: ‘Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!’ E
Jesus terminou, dizendo: Eu afirmo a vocês que foi este homem, e não o outro,
que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado,
e quem se humilha será engrandecido...”
Jesus o filho de Deus, o
Messias prometido nas Escrituras Sagradas, estava entre nós, como o Filho do Homem,
cumprindo as profecias sobre sua origem, local de nascimento e circunstâncias detalhadas
desde a concepção, crescendo entre os seus, cada gesto seu apontava para a aliança
da graça que resgataria o que crê ao Pai.
A vida de todos que nasceram,
nasce e nascerá sobre a face da terra, tem seu ciclo baseado no dia e na noite;
durante sua peregrinação na maioria das vezes, está submetido as leis morais,
sociais, cívicas, familiares, éticas, religiosas e políticas de sua nação onde
vive sua vida. E na soma de tudo isso acontecem uma soma de aprendizados que
fazem a cada um perceber por si mesmo, a terem sua forma de conduta perante sua
sociedade.
Quanto maior a sociedade maior
pode se tornar o distanciamento da relação entre pessoas e o inverso também
acontece, mas no tempo que Jesus esteve entre nós, cumprindo a vontade do Pai, os
povoados e cidades da Judéia e da Galiléia eram reduzidos em número de população,
assim as notícias entre as pessoas e sobre as pessoas eram facilmente identificadas.
Na parábola O Mestre menciona
duas pessoas por seus títulos: uma era o fariseu, pessoa judia, de qualquer uma
das 12 tribos, reconhecida por zelar pela lei falada, escrita e os costumes da religião,
ele era um dos grupos religiosos mais influentes de sua época e o povo
costumava os escutar. Cita também um cobrador de impostos, pessoa judia, de
qualquer uma das 12 tribos, incluindo também a tribo de Levi, e temos a certeza
de que não era tributos para o Templo, mas sim ao Império Romano, esses homens
eram parte de um grupo que ficava entre o povo, mas o povo não os via com bons
olhos, pois eram conhecidos por além de cobrar o definido ainda tiravam um
extra para si.
Jesus os coloca indo ao Templo,
na mesma hora e juntos chegam, e um vê o outro, naturalmente nem deveriam se
cumprimentar por suas classes distintas, para não manchar a reputação no caso
do fariseu e o cobrador de imposto por saber o que todos pensavam de sua pessoa
e agora diante de Deus, ambos iniciam suas orações.
No primeiro Templo, edificado
pelo rei Salomão, destruído completamente por Nabucodonosor, o rei Salomão ao
interceder ao Senhor ele pediu que a oração que o povo ali fizesse fosse
ouvida, e o Eterno respondeu que ali estaria seus olhos.
A oração do judeu fariseu foi
clara, altiva, bem objetiva sobre sua conduta externa inclusive sobre sua
capacidade de dizimar e de se sentir a altura de estar acima de seu irmão judeu
cobrador de impostos.
Por sua vez a oração do judeu
cobrador de imposto foi curta e mostrando completamente sua fraqueza diante do
Criador. Duas orações feitas no mesmo lugar, local este séculos antes abençoado
pelo Eterno, porém nas palavras de Jesus, o resultado interno de cada uma das
orações, para ambos não foi igual.
Discutimos o tempo todo religiões,
credos, crenças e denominações deixando de ver que na base está o homem e a
mulher criados por Deus. E para cada ser humano o Messias foi enviado pelo Amor
do Pai, ao morrer e ressuscitar ao terceiro dia, está a destra de Deus Pai e orou
para que enviasse o Consolador, o Espirito Santo, entre nós para fazer lembrar
tudo quanto Ele disse, até que Ele venha, convencendo o ser humano de seu pecado e o eixo universal estará para sempre
revelado entre os filhos com seu Pai.
A mente humana pode imaginar
que basta ficar quieto, orar em silêncio sem voz audível e os dois tanto o fariseu
quanto o cobrador de impostos, estariam em paz com o Eterno, ao pensar assim
corresse em mais um erro de ensino doutrinário; considerando o que Jesus
ensinou, que ao orar entre em oculto e o Senhor em oculto o ouvira, logo antes
de abrir a boca, ou emitir o pensamento o Criador de nossas vidas já sabe o que
realmente é verdade e sincero daquilo que é somente o oposto.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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