Base na Bíblia: Lucas 17: 07-11 “... Jesus disse:
façam de conta que um de vocês tem um empregado que trabalha na lavoura ou
cuida das ovelhas. Quando ele volta do campo, será que você vai dizer: ‘Venha
depressa e sente-se à mesa’ Claro que não! Pelo contrário, você dirá: ‘Prepare
o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como e bebo. Depois
você pode comer e beber.’ Por acaso o empregado merece agradecimento porque
obedeceu às suas ordens? Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que
foi mandado, digam: ‘Somos empregados que não valem nada porque fizemos somente
o nosso dever.’ Jesus continuava viajando para Jerusalém e passou entre as
regiões da Samaria e da Galiléia...”
O discípulo é literalmente o aprendiz de seu Mestre, estudando nas
culturas Orientais esse pensamento pouco gera dificuldade no entendimento, mas
na cultura ocidental em que vivemos, aceitamos naturalmente somente em paralelo:
que seria o aluno e o professor, como meio suficiente para entender o termo
discípulo, porém existe diferença séria sobre essa comparação.
O discípulo busca ser igual ao seu Mestre e no caso específico de Jesus,
o Mestre, seu discípulo jamais será superior ao Mestre e ele jamais superará o
Mestre, pois Suas Palavras vieram para mostrar onde cada um dos seres humanos
podem encontrar os acertos necessários, que se perderam ao longo dos séculos
desde a Criação no Jardim do Éden. Enquanto que no Ocidente é aceitável e muitas vezes
necessário que o aluno supere seu professor em todos os aspectos.
As Palavras Eternas foram apresentadas primeiramente aos discípulos e no
decorrer a cada dia a dia foram sendo apresentadas de caminho em caminho, de
povoado em povoado, para que cada um deles (os discípulos e o povo) estivessem aptos
a verem e a ouvirem os ensinos teóricos bem como os práticos do agir do Filho
do Homem entre os seres humanos.
Na cultura ocidental esse rigoroso treinamento de 24 horas, levaria seu
Mestre (professor) a ter muitas responsabilidades de encargos para com os discípulos (alunos), neste
ponto inicia uma significativa diferença quanto aos nossos costumes, e por esse
fato e outros semelhantes a esse levam muitos a somente seguirem o Mestre Jesus, por curtos
períodos, normalmente se sobressai nesses períodos os momentos ruins, difíceis, perdas e por enfermidades.
Jesus menciona aos discípulos a oportunidade para imaginarem que cada um
tem seu próprio servo e este trabalha seu dia em sua propriedade (do discípulo)
e ao voltar da jornada para casa encontra seu senhor (discípulo). A atitude
natural do dono não está jamais em parabenizar o servo, mas em pedir que se prepare
para os trabalhos internos na casa e o sirva também primeiro sua comida, para
depois se ocupar consigo mesmo.
Palavras duras e cruéis para a nossa cultura, porém sabias e diretas
para o discípulo que quer ser aprendiz de seu Mestre, o qual sempre será sua verdadeira
referência.
Jesus se esvaziou de sua glória e como homem veio ao mundo e cumpriu seu
ministério entre os seres humanos, jamais deixando de cumprir a lei de Moisés e
os Profetas; sempre mostrando as distorções que os homens e as mulheres fizeram
na condução da lei, em suas próprias religiosidades na maneira de adorar.
Ser Discípulo de Jesus, ou Cristão, ou Judeu Messiânico, ou Evangélico,
ou Crente em Jesus, são títulos que só tem sentido real aos que descobrem a
verdade que ser discípulo é ser servo e jamais esperar condecorações ou honras
por fazer o serviço de testemunhar desse Amor do Pai para com toda a sua
criação, o qual nos alcançou e por sentimento pessoal de satisfação pela nova
vida, queremos anunciar a todos que existe Vida Eterna e o perdão de pecados
que alcança igualmente a cada um que nasceu sobre a face a Terra.
Logo não há ensino de Jesus que seja conflitante, antes para cada
coração existe a certeza de que o pecado afasta o homem de seu Criador, que por
amor enviou seu Filho e por amor seu Filho anunciou o único caminho que leva ao
Pai, pelo seu sacrifício ocorrido na cruz do calvário e confirmado com sua
ressurreição ao 3º. (terceiro) dia dentre os mortos.
E por sua atitude de ouvir ao Pai, Jesus, o Filho, se esvaziou a si mesmo e em
humildade e mansidão esteve entre os homens e vivo está à direita de Deus Pai, rogando ao Pai que enviasse o Espírito Santo durante esse período de tempo, esperando o mandar do Eterno para voltar à Terra a fim de buscar os seus e
então virá o fim, o julgamento.
Seus discípulos buscam igualmente se parecer com seu Mestre e o exemplo é de mostrar que o amor de Deus é tão imerecido a sua criatura que somente por sua
misericórdia e pela sua graça temos tão grande oportunidade e não há gratidão
humana que possa pagar essa Verdade por melhor que tentemos apresentar, pois
entendendo nossa posição diante do Eterno que eleva os que se humilham, mas
abate os que agem inversamente esperando reconhecimento.
Do seu irmão em
Cristo,
Marcos de Paula
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