Base na Bíblia: João 02: 13-19 “... Alguns dias antes da Páscoa dos judeus, Jesus foi até
a cidade de Jerusalém. No pátio do Templo encontrou pessoas vendendo bois, ovelhas
e pombas; e viu também os que, sentados às suas mesas, trocavam dinheiro para o
povo. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou toda aquela gente dali e
também as ovelhas e os bois. Virou as mesas dos que trocavam dinheiro, e as
moedas se espalharam pelo chão. E disse aos que vendiam pombas: Tirem tudo isto
daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado! Então os discípulos dele
lembraram das palavras das Escrituras Sagradas que dizem: ‘O meu amor pela tua
casa, ó Deus, queima dentro de mim como fogo.’ Aí os líderes judeus perguntaram:
Que milagre você pode fazer para nos provar que tem autoridade para fazer isso?
Jesus respondeu: Derrubem este Templo, e eu o construirei de novo em três dias!
...”
“... Já era quase o tempo da festa de Pesach em Y´hudah;
portanto, Yeshua subiu a Yerushalayim. Na área do templo, encontrou alguns
vendedores de bois, ovelhas e pombas, e outras pessoas assentadas diante das
mesas, trocando dinheiro. Ele fez um chicote de cordas e expulsou todos da área
do templo, bem como as ovelhas e os bois. Virou as mesas dos cambistas,
espalhando as moedas, e disse aos que vendiam pombas: ‘Tirem essas coisas
daqui! Como vocês ousam transformar a casa de meu Pai em um mercado?’. (Os
talmidim se lembraram mais tarde do que o Tanakh diz: ‘O zelo pela tua casa me
devora’.) Então os habitantes de Y´hudah o confrontaram, perguntando: ‘Que
sinal miraculoso você pode nos mostrar para provar o direito de fazer tudo
isso?’ Yeshua lhes respondeu: ‘Destruam este templo, e em três dias eu o
levantarei’. ...”
No dia a dia de cada ser humano, podemos fazer ou deixar de fazer planos
para passar as 24 horas que compreendem cada dia, e uma grande parcela da
população humana em todos os tempos sempre fazem planos de médio, de curto e
inclusive de longo prazo, bem como, existe uma parcela que procura viver cada
dia o seu dia e nada além disso, por inumeras razões pessoais dentre elas
podemos destacar: quer por decepções, ou por consequências de atos, ou mesmo
por estar desiludido com todos seus feitos sem sucesso de seus empreendimentos,
sua saúde precária, ou seja então, independente de qual for a razão, todos sabemos
que temos que agir para completarmos as horas de cada dia.
Para o povo judeu era mais um dia em sua rotina diária, os que vendiam bois,
ovelhas e pombas estavam em seu lugar costumeiro, preparados para atender seu público,
bem como os que trocavam moedas igualmente já estavam em seus postos, aptos e
prontos a atender, e era o momento certo, afinal, estavam próximos da celebração
da Páscoa, a qual era e é um dos grandes eventos que traziam inúmeros judeus de
todas as partes para ali estarem.
Os líderes do local e os religiosos estavam de acordo com a presença desses
vendedores, em pontos estratégicos do templo no pátio, para que a programação
das festividades tivessem um fluir tranquilo e menos desgastante principalmente
para os visitantes, que podiam comprar sua oferta e trocar seu dinheiro pelo
dinheiro do templo.
Jesus, Yeshua, o Cristo, chega ao local e seu agir difere dos demais, pois
ao ver esse cenário, ele faz um chicote de cordas e começa a expulsar todos
inclusive os animais da área do templo e tomba as mesas derrubando as moedas e declara
aos que estavam com os pombos para também saírem daquele local.
Suas palavras de argumentação enquanto os expulsavam era a de que a Casa do
Pai era um local de oração e jamais um ponto de comércio, isso era uma ousadia
da parte deles contra o Pai.
Podemos imaginar que foi uma surpresa a todos, uma vez que Jesus, certamente
em outras vezes, por ali já havia passado, ou ainda que fosse a primeira vez
(dificilmente), era somente o agir de um único homem, contra todo um sistema de
comércio instalado.
Os lideres e habitantes, provavelmente em poucos minutos se juntaram a
volta dele e questionaram o Senhor sobre quais os milagres apresentava que o
credenciavam a justificar, para poder ele, dessa maneira agir autoritariamente.
Os discípulos pelas palavras escritas de João, nada estavam a entender, somente
estavam juntos, e participaram como expectadores, ou testemunhas de cada ato do
Messias, somente depois se lembraram das palavras contidas no livro de Salmos
(69:10), um Salmo de Davi para o músico-mor, sobre Shoshanim, que apontavam para
a razão de sua ação.
Jesus declara em resposta a pergunta, esta frase: ‘Destruam este templo e
em três dias eu o levantarei’.
O Templo já estava em sua terceira reconstrução, mas a resposta deles a essa
afirmação foi a de que foram necessários 46 (quarenta e seis) anos para edificar,
e agora o Messias declara que o fara em 3 (três) dias.
Suas mentes estavam confundidas, pois Yeshua apresentava as Palavras de seu
Ministério e eles estavam com seus olhos fixos em uma estrutura humana, e nada
puderam avançar, nesse dialogo, além desse ponto, somente os discípulos
vivenciaram o cumprimento dessas Palavras, após
sua morte e ressurreição.
O agir do Eterno é perfeito e sua Palavra tem poder para transformar vidas,
ultrapassando a barreira do material e chegando a todas as esferas da vida de
uma pessoa, resgatando, moldando, edificando e tratando a cada um em seu dia a
dia.
Pelo texto sabemos que foram expulsos de vender, no templo, pois para um
judeu é local sagrado todo espaço que envolve o templo e sua edificação, porém
a tolerância que havia aos olhos do Redentor do Mundo era uma ousadia contra o
Criador e isso o consumia e era uma afronta contra Ele, e muitos viram os sinais
e creram nele, mas Jesus não confiava a eles, pois bem sabia o que havia no
homem.
Sabemos que voltaram a repetir esse modo de agir, pois em outra oportunidade está escrito
que Jesus voltou a fazer a mesma coisa, assim, analisando esse modo de agir seria
um provável modelo de referência do ser humano, que vai buscando alternativas confortáveis
e cômodas para si mesmo e deixa de perceber que amar a si mesmo é um ato correto,
porém válido somente para quem ama igualmente ao seu próximo, para que possa ter
sentido a vida.
Do
seu irmão em Cristo,
Marcos
de Paula
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