sexta-feira, 28 de março de 2025

O TEMPO DE ESPERA.

 

Base na Bíblia: João 04:54 e 05:01-06 “... Foi esta a segunda vez que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galiléia, ali operou sinal. Depois disso, havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém próximo à porta das ovelhas, há um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados [esperando o movimento das águas]. [Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque e agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.] Achava-se ali um homem que, havia trinta e oito anos, estava enfermo. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são? ...”

 

“... Esse foi o segundo sinal que Yeshua realizou, depois que veio de Y´hudah para a Galil. Depois disso, houve uma festa, e Yeshua subiu a Yerushalayim. Em Yerushalayim, perto do portão das Ovelhas, existe um tanque chamado em aramaico Beit’Zata, no qual fica uma grande multidão de inválidos: cegos, mancos e paralíticos. Um dos que estavam ali era doente fazia trinta e oito anos. Yeshua vendo esse homem e sabendo que ele estava ali durante um longo período, disse-lhe: ‘Você quer ser curado?’. ...”

 

Todas as escolhas dentro de um grupo de pessoas, pode parecer num primeiro momento, uma seleção, pelos mais diversos critérios, ou ainda a exclusão de outros seres humanos, que também vivem sobre a face da terra, mas diariamente convivemos com esse comportamento, uns mais, outros nem tanto, mas cada um sabe o que acontece no seu dia, pois, menciono como exemplo que para um vendedor sua venda é necessária para atingir seus alvos, mas há outros oferecendo o mesmo serviço, mesmo produto e as vezes por um custo inferior e assim se formam as escolhas que cada um faz para o seu dia e momento, desta maneira também assim ocorre no momento que aparece para preencher uma única vaga para um determinado trabalho.

Jesus está vindo da Galiléia e ao entrar em Jerusalém pela porta das Ovelhas, passa próximo do tanque de Betesda.

O nome designado para o lugar como "Betesda" não é utilizado no aramaico, mas sim, no hebraico e significa "casa da misericórdia" ou "lugar da misericórdia divina".

Pesquisando sobre a origem da palavra Betesda, trata-se de uma palavra hebraica composta por "Beth" ou "Beit", que significa "casa", e "Chéssed", que significa "bondade, benignidade, misericórdia".

No Novo Testamento a palavra Betesda é citada como o nome de uma piscina ou tanque em Jerusalém, perto do mercado das ovelhas.

As águas do tanque de Betesda eram consideradas milagrosas e o local era um grande centro de peregrinação.

Esse local era de grande importância a todos que buscassem a cura de suas enfermidades, assim justificando o grande número de pessoas, que afluíam para esse local, o qual, pesquisando também identificamos que em escavações arqueológicas encontraram vestígios de uma piscina ou tanque escavado na pedra, de uns 90 metros de comprimento por 60 metros de largura e uma profundidade de 7 a 8 metros.

Nos dias de Neemias as Portas da Cidade de Jerusalém foram reconstruídas e a primeira citada de dez é a porta das Ovelhas, por onde passavam os animais que eram levados para o sacrifício no Templo, próximo dela ficava o tanque de Betesda.

Nos dias de Jesus, muitos ali estavam, mas o Mestre, parou próximo somente de um deles, o qual era enfermo a 38 anos e para este lhe fez uma pergunta direta, a princípio podemos supor que outros ouviram próximos, também ouviram esse diálogo, além dos seus discípulos, porém, como as águas não se moveram, talvez ninguém se tenha incomodado, além dessa pessoa.

Seja qual for a idade desse homem, o texto menciona o tempo que ele convivia com a enfermidade, e ali estava este homem com outros, à espera do mesmo sinal, comum a todos, e contava com a agilidade pessoal para chegar primeiro que os demais para ser liberto de sua enfermidade, porém diante dele, estava o Messias, a lhe perguntar: ‘se ele quer ser curado’.

Podemos imaginar que é provável que cada um em seus dias e em suas necessidades de soluções possam estar no lugar certo, no momento certo, diante da pessoa correta e vivendo nas condições necessárias e ainda assim, não atingir o resultado esperado.

Mas, também o inverso pode ocorrer que mesmo sem esperar a resposta necessária, ou um sinal no corpo, o improvável pode ocorrer e mudar a história da vida de uma pessoa, pois nesse texto que acabamos de ler, quem foi ao encontro, tinha a autoridade necessária para trazer a solução necessária, mesmo diante da impossibilidade de uma ação pessoal.

Saulo, ou Paulo de Tarso, menciona em uma epístola aos Efésios, uma verdade que aponta para estes pensamentos que o ser humano tem dificuldade em aceitar. Efésios 2.8-9. “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”, mas é simples assim, o ato de amor do Criador para com suas criaturas, pois o tempo de espera ocorre para cada ser humano que vive sobre a face da terra.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 21 de março de 2025

SEM VER SINAIS E MILAGRES.

 

Base na Bíblia: João 04:46-54 “... Foi, então, outra vez a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele, e lhe rogou que descesse e lhe curasse o filho; pois estava à morte. Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, de modo algum crereis. Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce antes que meu filho morra. Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu. Quando ele já ia descendo, saíram-lhe ao encontro os seus servos e lhe disseram que seu filho vivia. Perguntou-lhes, pois, a que hora começara a melhorar; ao que lhe disseram: Ontem à hora sétima a febre o deixou. Reconheceu, pois, o pai ser aquela hora a mesma em que Jesus lhe dissera: O teu filho vive, e creu ele e toda a sua casa. Foi esta a segunda vez que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galiléia, ali operou sinal. ...”

 

“... Ele foi outra vez a Kanah da Galil, onde tinha transformado água em vinho. Um oficial a serviço do rei estava ali. Seu filho adoecera em K-far-Nachum. Esse homem, ao ouvir que Yeshua partira de Y’hudah e estava na Galil, foi até ele e lhe pediu a cura do filho, porque estava à beira da morte. Esse homem, ao ouvir que Yeshua partira de Y’hudah e estava na Galil, foi até ele e lhe pediu a cura do filho, porque ele estava à beira da morte. Yeshua respondeu: ‘A menos que vocês vejam sinais e milagres, simplesmente não confiarão!’. O oficial lhe disse: ‘Senhor, venha antes que meu filho morra’. Yeshua respondeu: ‘Pode ir, seu filho está vivo’. O homem acreditou no que Yeshua disse e partiu. Estando ele ainda a caminho, seus servos o encontraram com a notícia de que seu filho estava vivo. Então lhes perguntou em que momento o filho tinha melhorado, e eles disseram: ‘A febre o deixou ontem, à uma hora da tarde’. O pai percebeu ter sido nessa mesma hora que Yeshua lhe dissera: ‘Seu filho está vivo’; e ele e toda a sua casa confiaram. Esse foi o segundo sinal que Yeshua realizou, depois que veio de Y´hudah para a Galil. ...”

 

A humanidade tem a tendência de sempre que possível buscar meios para resolver suas questões que favoreçam a sua crença, assim quando afirmamos que a prova de um sinal esperado antecipadamente, possa vir a ser um meio legitimo para que então possamos passar a confiar em quem nos alimenta das informações.

Seguindo esse pensamento percebemos que assim como o ato de encorajar aos que se acham sem perspectivas, pode ser encontrado múltiplos graus de dificuldade, afinal, mesmo que esses desencorajados tenham agido por si ou continuem procurando com suas próprias forças (física, mental e espiritual) utilizando de todos os meios lícitos para executar seu alvo, ou ainda que, aconteçam ou ainda que sejam aquelas ações que ocorram questionando os lícitos, logo os ilícitos, os quais são questionáveis, a esses também somam a incerteza e a insegurança do amanhã, exatamente a que busca, fazer uso dessa ferramenta, afinal, todos temos nossos momentos em que a segurança há e o inverso a ela também, ambas se posicionam lado a lado, pois podemos perceber que a importância final de cada um se concentra em sempre ser encorajado a vence nessa jornada de incredulidade, a qual cerca a cada um.

Jesus estava na Judéia, passa por Samária (permanecendo ali por dois dias) e chega a Galiléia e vai até a Cidade de Cana, lugar conhecido por ele, e seus discípulos desde a menção de João, o escritor, sobre uma boda de casamento, em que eles foram convidados.

O texto menciona um oficial do rei, servidor de Herodes Antipas, tetrarca da Galileia e da Pereia e por ter sido destacado, transmite a ideia de figura eminente, logo de grande importância, assim uma figura ilustre da corte e sabemos que essa função não era para qualquer um, mas sim, um nobre que tinha livre acesso ao rei.

Sabemos também que a distância aproximada de Cafarnaum para Galileia é de 23 km, nos dias atuais de automóvel, na velocidade local permitida, seria percorrida em aproximadamente 23 minutos, logo não era uma longa distância para os padrões da época, e que possivelmente o Oficial resolveu outros assuntos e assim partiu para Cafarnaum, onde no caminho foi encontrado por seus servos.

Jesus, ouve seu pedido e ratifica em resposta, o conceito de que sem sinais e milagres, o ato de crer era prejudicado, mas houve desse oficial, a reiteração de o acompanhar até Cafarnaum. para que seu filho não morresse.

As palavras do Messias agora firmam ao Oficial que ele estava livre para voltar a sua casa e que seu filho estava vivo, ele a partir desse instante manteve confiança nessas palavras e parou de pedir ou insistir e foi para casa, mesmo sem ver ou ter algo palpável em suas mãos, atendeu sobre essas palavras.

Em caminho de volta, para regressar ao seu lar e ver seu filho, seus servos o encontram, com notícias de sua casa, as quais era de grande alegria para ele.

Com certeza ele estava satisfeito com as palavras de seus servos, porém algo o incomodava e questionou deles, com exatidão o momento em que eles souberam que a febre havia deixado de estar no menino, e a resposta foi clara, definindo o dia e a hora em que o comportamento do corpo do menino, passou a melhorar.

O Oficial do rei, agora ouve e percebe que era exatamente o mesmo período em que ele estivera com o Messias e ouviu dele, que poderia regressar para sua casa, pois seu filho estava vivo, não só ele passou a confiar (creu), quando contou esses fatos aos seus, mas também toda a sua casa, no Messias.

O improvável se fez presente e sabemos que João, o discípulo, agora como escritor escreveu, citando que esse era o segundo sinal, ocorrido em Cana da Galileia, numa terra em que ele era tratado como todos os profetas em sua terra.

No Livro de Jó 42:07 está escrito: “Sucedeu, pois, que acabando o Senhor de dizer a Jó aquelas palavras, o Senhor disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos, porque não tendes falado de mim o que era reto, como o meu servo Jó.”

Seus dois amigos eram Bildade, o suíta e Zofar, o naamatita, que por suas estultícias estavam longe de falar como Jó, sobre o que era reto do Senhor, e assim somente com a oração de Jó não foram tratados como agiram ao falarem com Jó.

Ao estudar o Livro de Jó, encontramos que ele mesmo sem ver sinais e milagres, sabemos que muito pelo contrário ainda assim se manteve no servir e atender aquele a quem amava em todos os seus dias, mesmo passando a viver em adversidade, logo, pode ser então uma reflexão de uma história de vida, na qual apresenta uma ação pessoal que pode nos unir ao Senhor.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula






 






sexta-feira, 14 de março de 2025

SABER SE POSICIONAR.

 

Base na Bíblia: João 04:41-47 “... E muitos mais creram por causa da palavra dele; e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo. Passados os dois dias, partiu dali para a Galiléia. Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não recebe honra na sua própria pátria. Assim, pois, que chegou à Galiléia, os galileus o receberam, porque tinham visto todas as coisas que fizera em Jerusalém na ocasião da festa; pois também eles tinham ido à festa. Foi, então, outra vez a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele, e lhe rogou que descesse e lhe curasse o filho; pois estava à morte. ...”

 

“...  e muitos mais passaram a confiar por causa do que ele disse. E disseram à mulher: ‘Não mais confiamos por causa do que você disse, pois o ouvimos por nós mesmos. Sabemos, de fato, que este homem é realmente o Salvador do mundo.’ Depois dos dois dias, ele partiu de lá em direção à Galil. O próprio Yeshua disse: ‘Um profeta não é respeitado em sua própria terra’. Ao chegar, porém, à Galil, os habitantes de lá lhe deram boas-vindas porque tinham visto tudo o que ele fizera na festa em Yerushalayim; pois também haviam estado lá. Ele foi outra vez a Kanah da Galil, onde tinha transformado água em vinho. Um oficial a serviço do rei estava ali. Seu filho adoecera em K-far-Nachum. Esse homem, ao ouvir que Yeshua partira de Y’hudah e estava na Galil, foi até ele e lhe pediu a cura  do filho, porque estava à beira da morte. ...”

 

Muitos possuem discursos e argumentos valiosos para responder a cada situação, que possam se encontrar, ou seja, tem a facilidade de expor seus pensamentos sem se preocupar com os argumentos de outros, porém, também há pessoas que possuem uma limitação na maneira de expressar seus sentimentos e mesmo assim, ambos convivem dentro desse mesmo estado de direito do viver de toda a raça humana.

As Palavras sofrem todo o tipo de formas e montagens até sair da pessoa que se torna então o que chamamos de locutor e chegar a pessoa que são chamados de receptor, por mais que pareça simples esse pensamento e até desnecessário, para o texto que acabamos de ler, encontramos preciosidades nessas palavras, pois temos o hábito de aglutinar tudo e ler pela média, mas a atenção e a percepção podem nos ajudar a perceber que mesmo quando estamos certos em nossa maneira de viver, poderá existir ainda outros meios melhores para se viver os dias sobre a face da terra.

Limitamos muitos de nossos atos, como temos mencionado em exemplos de terceiros e em pensamentos que nos são apresentados durante nossa trajetória de vida, mas ainda assim, não basta e podemos avançar, pois há um motivo definido desde antes do nosso nascimento, e está definido, escrito e guardado em um livro que somente saberemos na Eternidade.

A religião sempre foi um dos meios mais usados para tratar de tudo o que a existência humana, tem dificuldade de identificar e explicar, começando pela origem de tudo e dos seres humanos até os conceitos de tempo e espaço que podem ser mais intrigantes e não pouco também há no universo minúsculo, ou seja, o menor do menor de tudo que conhecemos, sim pode ser um meio vasto de informações que estão à disposição de todos, enfim, nem todos fazem uso deles.

Jesus, passa os dois dias em Samária e segue sua viajem para a Galiléia, encontramos as palavras de Jesus mencionadas por João, o escritor, a qual ratifica que um profeta não é reconhecido em sua casa e aqueles que o viram em Jerusalém esses o cumprimentavam, por terem estado no local e presenciarem os acontecimentos.

O escritor menciona que Jesus foi para Cana da Galileia onde faz questão de mencionar que era o lugar em que outrora havia transformado a água em vinho, e cita a presença no local de um oficial que trabalhava para o rei bem como o conhecimento de que seu filho estava à beira da morte.

Todos, sem exceção, têm sua forma de avaliar esse acontecimento desde o simples tratar-se de um acaso de esse oficial estar em Cana da Galiléia, variando até chegar ao extremo oposto, porém sabemos que o oficial foi na direção de Jesus, posicionando sua conduta assim, possivelmente por ter ouvido sobre sua pessoa.

O encontro com o Senhor, gerou um pedido de cura ao seu filho por saber que era grave o estado de saúde da criança e também se manteve seguro de que se tratava de uma ação necessária para o melhor daquele a quem era importante para si, depositando no Messias a convicção de que se ele fosse até sua casa em Cafarnaum e tocasse na criança ela estaria curada.

Existe um texto em Lucas 07:11-17, que descreve que o posicionamento acontece também de diversas maneiras, muitas vezes de forma inesperada ou anônima, também:

“E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão; E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o que fora defunto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o à sua mãe. E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo. E correu dele está fama por toda a Judeia e por toda a terra circunvizinha. Qual será o nosso posicionamento sobre o que bate as nossas portas diariamente, mencionando insistentemente sobre a vida que temos e a vida que esperamos, e cada um por si, busca sua resposta nos mais diversos pontos e meios, porém sempre é bom, buscar refúgio em local seguro e de fonte segura, para evitar o constrangimento futuro, no qual muitos uma dia irão dizer: Em teu nome fiz tudo que deveria ser feito e ouvir em reposta: aparta-se pois nunca te conheci.”

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 7 de março de 2025

COMO CREMOS.

 

Base na Bíblia: João 04:34-42 “... Disse-lhe Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra. Não dizeis vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. Quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho. E muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram por causa da palavra dele; e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo. ...”

 

“... Yeshua lhes disse: ‘Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir sua obra. Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses, haverá colheita? Bem, o que lhes digo é: abram os olhos e olhem para os campos! Eles estão maduros para a colheita! Aquele que colhe já recebe o seu salário e colhe fruto para a vida eterna, de forma que o colhedor e o semeador se alegram juntos – pois neste assunto o provérbio ‘Um semeia, e outro colhe’ é verdadeiro. Eu os enviei para colherem o que não cultivaram. Outros realizaram o trabalho árduo, e vocês se beneficiaram do trabalho deles’. Muitas pessoas daquela cidade de Shomron depositaram a confiança nele por causa do testemunho da mulher: ‘Ele me disse todas as coisas que fiz’. Assim que essas pessoas de Shomron se aproximaram dele, pediram-lhe que ficasse com eles. Ele ficou durante dois dias, e muitos mais passaram a confiar por causa do que ele disse. E disseram à mulher: ‘Não mais confiamos por causa do que você disse, pois o ouvimos por nós mesmos. Sabemos, de fato, que este homem é realmente o Salvador do mundo.’ ...”

 

Acreditar é uma ferramenta que trabalhamos com o passar de nossa vivência sobre a face as terra, inicialmente somos totalmente dependentes de nossos tutores, por mais que nos esforcemos, a primeira faze de nossa existência, se pontua em total dependência, e legitimamente nem sabemos onde estamos e o que é necessário para se manter existindo.

Com o passar dos anos, nosso comportamento tende a se definir por meio de mecanismos para que passemos a acreditar, lembrando que seja este crer no estado bruto por estar em graus diversos, pois tudo o que é informado, passamos a julgar pelos mais diversos critérios, para que assim possamos definir os melhores meios e por meio desses sistemas, possamos, enfim, um a um, viver cada um de seus dias sobre a face da terra.

Jesus conversa com uma mulher, seus discípulos e também com um certo número de pessoas da Cidade, aonde ele está presente apresentando a cada um deles o necessário, para que a cada um deles fosse possível parar, raciocinar e por este princípio pudessem cada um se situar no real momento em que estavam vivendo e um dos exemplos usados, foi o do plantio, no qual, etapas ocorrem e o cuidado racional com cada uma delas é essencial para obter o sucesso.

Vivemos por etapas em todas as coisas que nos cercam, começando pelo alimento, pois alguém planta e também alguém colhe, para que seja possível, seguindo esse meio, sistema ou método, século após século, estar o alimento para ser consumido nos mais diversos pontos do Planeta, sem esquecer do necessário beber e também do vestir-se.

Jesus estava sendo apresentado, por ser Mestre, para seus discípulos, assim como foi reconhecido pela mulher samaritana, como um profeta; desta forma, por sua vez, cada um deles dia a dia apresentaram e representavam o Messias aos demais a sua volta; a cada nova pessoa que se aproximava, suas palavras eram as que tratavam, um a um, de seus ouvintes e podemos lembrar que o processo de julgar em quem crer, que há em cada ser humano, era e é continuamente colocado em alerta, para que ao final, possa haver uma tomada de decisão.

As pessoas da Cidade iam em sua direção, se aproximavam dele e o ouviam; e por algum motivo, passaram a pedir que ele ficasse mais tempo com eles, Jesus, que estava de passagem pelo lugar, concordou e ficou dois dias, agora o crer pelo ouvir o testemunho da mulher, passa a tomar uma nova dimensão, pois eles estavam diante dele e o viam agora como o Salvador do mundo, crendo cada um por si mesmo.

No Livro escrito aos que estavam em Roma, existem vários parágrafos, que deixavam claro que Paulo, o escritor, ainda não estava lá, mas que se importava com cada um deles e ansiava o momento de estar com eles, e cita algumas palavras, que passo a copiar: “Isso significa que não há diferença entre judeus e não judeus – ADONAI é o mesmo para com todos, rico com quem o invoca, porque todo que invocar o nome de ADONAI será libertado. Mas como eles poderão invocar uma pessoa em quem não confiam? E como poderão confiar se não ouviram nada a respeito dele? E como poderão ouvir, se ninguém o anunciar? E como as pessoas podem anunciá-lo, a menos que Deus as envie? Como diz o Tanakh: ‘Quão belos são os pés de quem anuncia boas notícias a respeito de coisas boas!’.” Romanos 10:12-15.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula