sexta-feira, 18 de julho de 2025

MUITOS BOATOS.

 

Base na Bíblia: João 07:09-15 “... E, havendo-lhes dito isto, ficou na Galiléia. Mas quando seus irmãos já tinham subido à festa, então subiu ele também, não publicamente, mas como em secreto. Ora, os judeus o procuravam na festa e perguntavam: Onde está ele? E era grande a murmuração a respeito dele entre as multidões. Diziam alguns: Ele é bom. Mas outros diziam: não, antes engana o povo. Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus. Estando, pois, a festa já em meio, subiu Jesus ao templo e começou a ensinar. Então os judeus se admiravam, dizendo: Como sabe este letras, sem ter estudado? ...”

 

“... Tendo dito isso, permaneceu na Galil. Contudo, depois  que seus irmãos subiram para a festa, ele também subiu, não de forma pública, mas em segredo. Durante a festa, os habitantes de Y’hudah estavam procurando por ele. ‘Onde ele está?’, perguntaram. Em meio a multidão, havia muitos boatos a respeito dele. Alguns diziam: ‘Ele é um bom homem’; mas outros afirmavam: ‘Não, ele está enganando as massas’. Entretanto, ninguém falava abertamente a respeito dele, por medo dos habitantes daquela região. Só depois que metade da festa tinha passado, Yeshua subiu à área do templo e começou  a ensinar. Os moradores de Y’hudah ficaram surpresos: ‘Como este homem sabe tanto sem ter estudado?’, eles perguntaram. ...”

 

O que realmente definimos como certo ou correto deve ser o nosso meio pelo qual pautamos o nosso meio de vida, sim, desta maneira está acontecendo a toda raça humana continuamente a pulsar em seus corações durante seus dias sobre a face da terra, buscando cada um, por sua vez em viver seus momentos em equilíbrio junto aos seus e ao meio em que vivemos, o qual nos coloca dia a dia como membro de uma localidade, sociedade ou sistema do qual passamos a fazer parte, enfim, chamamos esse processo de direitos e obrigações.

As palavras de Jesus, causavam desconforto aos que tinham o status de conhecedores da Lei, da mesma maneira como também ao povo de Israel na Judeia, os quais viviam seus dias onde estava o Templo e em si carregavam, o orgulho desse fato; em paralelo cito como exemplo o proceder de Paulo de Tarso, discípulo de Jesus, o qual cita perto de ser maltratado o fato de sua origem romana na qual ele alega, ratificando que era cidadão romano, pelo simples fato do seu local de nascimento, ainda que ele era judeu e de conhecimento de todos que ele era um Israelita da tribo de Benjamim, conforme descritos em Atos 22:25-29 e Filipenses 3:5.

O Messias de maneira anônima, chega a Jerusalém enquanto isso a festa segue sua rotina e o povo conversa entre si, pois essa era uma das festas, na qual de todas as partes, vinham os Israelitas, exatamente para participar desse evento, evento este que celebrava o tempo de peregrinação do povo de Israel no deserto por 40 anos.

Durante esse tempo da Festa dos Tabernáculos, eles também procuravam a Jesus, mas não o encontravam, uma vez que habitualmente o encontrariam ensinando no Templo, pois esse era o seu costume, enquanto isso os boatos aconteciam entre essas pessoas, as quais se dividiam em dois grupos, distintos, no qual havia um grupo de pessoas que o achavam e o taxavam como sendo um bom homem, enquanto o outro grupo somente achava que ele era um enganador de pessoas, enfim, dentre o povo acontecia a incredulidade e o conflito com a origem sobre a crença que tinham do Messias, gerando a divisão entre eles.

Quanto aos líderes ao ouvirem as Palavras de conhecimento das Escrituras, para esses gerava a surpresa e o medo, uma vez que cria uma concorrência sobre a interpretação e o excesso das regras de conduta que deixava de lado a prioridade do agir segundo as Palavras dos Escritos Sagrados.

Em comum o povo e liderança mantinham a dureza de coração e o orgulho por se auto denominarem filhos de Abraão, enquanto passa a lembrar que o precursor do Messias, João, o Batista, menciona ao povo e aos líderes sem hesitar que para o Eterno se necessário até das pedras Deus pode suscitar filhos de Abraão.

Os séculos vão passando, assim como o dia precede a noite a cada manhã, e os boatos seguem seu caminho e o cuidado de atentar para os ensinos do Messias são questionados, difamados, reescritos em diversas maneiras, bem como passamos a ter diversas formas de interpretação, assim como também existe aqueles que as deixam relegadas e/ou deixadas de lado pelos mais diversos motivos, porém as mesmas palavras são mencionadas a todos, mas assim como a semente que deita-se ao solo, porém algumas caem em terreno pedregoso, ou outras caem entre espinhos, ou outras caem no caminho, ainda assim há uma parte que caem em solo arado e preparado e estas não só germinam quanto produzem frutos.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 11 de julho de 2025

CHEGAR O TEMPO.

 

Base na Bíblia: João 06:71 a 07:01-09 “... Referia-se a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era ele o que havia de entregar, sendo um dos doze. Depois disto, andava Jesus pela Galiléia; pois não queria andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo. Ora, estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém faz coisa alguma em oculto, quando procura ser conhecido. Já que fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois, nem seus irmãos criam nele. Disse-lhes, então Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo; mas o vosso tempo sempre está presente. O mundo não vos pode odiar; mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. Subi vós à festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda não é chegado o meu tempo. E, havendo-lhes dito isto, ficou na Galiléia. ...”

 

“... (Ele estava falando a respeito de Y’hudad Ben-Shim’on, de K’riot; porque esse homem – um dos Doze! – iria traí-lo em breve.) Depois disso, Yeshua viajou por toda a Galil, evitando intencionalmente a região de Y’hudah, porque os habitantes dali queriam matá-lo. Mas a festa de Sukkot, em Y’hudah, estava próxima; por isso, os irmãos de Yeshua lhe disseram: ‘Saia daqui e vá para Y’hudah, para que os talmidim possam ver os milagres que você faz; pois ninguém que deseja se tornar conhecido age em segredo. Se você faz estas coisas, mostre-se ao mundo!’. (Seus irmãos falaram desse modo porque não haviam confiado nele.) Yeshua lhes disse: ‘Meu tempo ainda não chegou; mas para vocês qualquer tempo é certo. O mundo não pode odiá-los, mas ele me odeia, porque continuo dizendo quão ímpios são seus caminhos. Vão vocês à festa; quanto a mim não subirei à festa agora, porque o tempo certo ainda não chegou para mim’. Tendo dito isso, permaneceu na Galil. ...”

 

Ao estudarmos o ciclo de uma lavoura podemos perceber as etapas necessárias para o cultivo, onde desde o cuidado com a terra e a chegada de uma semente segue processos elementares para o sucesso na colheita, esse processo faz lembrar que as estações do ano também tem sua interferência agindo nesse ciclo.

A determinação de um agricultor pode levar a tomada de decisões necessárias a cada momento, ainda que para leigos possa parecer um erro, ou uma atitude impensada, por exemplo, cito: quando o solo é arado e em seguida ao invés de deitar a semente, ele espera o tempo propicio para assim proceder; agindo desta maneira até parece aos olhos de terceiros que está evitando a ação necessária.

O Messias está na Região da Galiléia, provavelmente na Cidade de Cafarnaum, onde seus discípulos estavam junto com Ele percorrendo toda a região e lá estavam também seus irmãos, nesse tempo de seu ministério, ele estava evitando a possibilidade de ir a região da Judéia, pois lá estavam buscando um meio para o matar.

Chegado o Tempo da Festa dos Tabernáculos (ou Sucot a qual é uma importante festa judaica, que também é conhecida como Festa das Cabanas ou Festa da Colheita, a qual comemora os 40 anos em que o povo de Israel viveu em abrigos temporários no deserto a caminho da Terra Prometida, ocorridos logo após a saída do Egito. Esta festa também celebra a colheita de outono e a provisão de Deus), sabemos que ela era celebrada em Jerusalém e seus irmãos questionam o ministério de Jesus e lhe acrescentam que quem quer ser conhecido deve estar no meio de muitos para que todos pudessem ver, inclusive seus discípulos.

Nas palavras de João, que escreveu esse Livro, lemos que a razão das palavras de seus irmãos a ele, era simplesmente porque eles ainda não confiavam em Jesus. A resposta de Jesus sempre foi direta e esclarecia que a ação citada por eles era para eles executarem, uma vez que seu ministério estava debaixo da vontade do Pai, logo, suas palavras levavam ao incomodo o mundo por denunciar quão ímpio era seus caminhos, logo suas ações, por isso sobre ele pairava o ódio de quem as ouviam e aos demais não.

Seguindo essas notícias (recebidas e informadas), o Mestre sugere que eles sim, deveriam subir a Jerusalém para celebrarem juntos a Festa, mas Ele permaneceria onde estava até chegar o momento certo, pois ainda não era.

Qual é o tempo certo de cada ser humano que viveu, vive e viverá antes da Volta do Messias, pode ser a pergunta que todos hão de enfrentar durante sua peregrinação sobre a face da Terra, evitar intencionalmente essa tomada decisão pode parecer o melhor para cada um em cada um de seus momentos de respiro, mas a atenção, prioridade ou certeza paira sobre cada um, ainda assim, e o simples anonimato é também a resposta a esse apelo do Messias, que ocorre a cada novo dia: “Vinde a mim, todos os que estão cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28-30.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula








 








sexta-feira, 4 de julho de 2025

ABANDONADO POR MUITOS.

 

Base na Bíblia: João 06:59-71 “... Estas coisas falou Jesus quando ensinava na sinagoga em Cafarnaum. Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Mas, sabendo Jesus em si mesmo que murmuravam disto os seus discípulos, disse-lhes: Isto vos escandaliza? Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. Mas há alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem era o que o havia de entregar. E continuou: Por isso vos disse que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai lhe não for concedido. Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andavam mais com ele. Perguntou então Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós já temos crido e bem sabemos que tu és o Santo de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é diabo. Referia-se a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era ele o que havia de entregar, sendo um dos doze. ...”

 

“... Ele disse essas coisas quando ensinava na sinagoga de K’far-Nachum. Ao ouvir isso, muitos talmidim disseram: ‘Essa é uma palavra dura: quem aguenta ouvi-la?’. Yeshua, porém, sabendo que os talmidim estavam se queixando a respeito desse assunto, disse-lhes: ‘Isso é um laço para vocês? Suponham, então, o que aconteceria se vissem o Filho do Homem voltando para onde estava antes? É o Espírito que dá vida; a carne em nada ajuda. As palavras que lhes disse são Espírito e vida; contudo, alguns de vocês não confiam’. (Porque Yeshua sabia desde o começo quem não confiaria nele, bem como aquele que o trairia.) ‘Essa’, ele disse, ‘é a razão de eu lhes ter dito que ninguém pode vir a mim, a menos que o Pai lhe tenha concedido’. A partir desse momento, muitos talmidim retrocederam e não andaram com ele. Então Yeshua disse aos Doze: ‘Vocês também querem ir embora?’. Shim’on Kefa lhe respondeu: ‘Senhor, a quem iríamos? Você tem a palavra de vida eterna. Nós confiamos e sabemos que você é o Santo de Deus’. Yeshua lhe respondeu: ‘Eu não escolhi vocês, os Doze? Entretanto, um de vocês é um adversário’. (Ele estava falando a respeito de Y’hudad Ben-Shim’on, de K’riot; porque esse homem – um dos Doze! – iria traí-lo em breve.) ...”

 

O abandono, segundo o dicionário representa o ato ou efeito de largar, ou de sair sem a intenção de voltar; levando o agente ao afastamento, logo pode ser entendido, como uma ação voluntaria seja essa iniciada por qual critério for para chegar ao ponto de ser estabelecido, para finalizar com o ato de praticar essa conduta.

As palavras de Jesus são as mesmas para os ouvintes e para os seus discípulos, porém, mesmo os que estavam próximos, começaram a ter o mesmo comportamento dos demais, uma vez que era difícil conciliar que as informações eram de libertação daquilo que os escravizavam, mas diferente daqueles pensamentos que eles estavam acostumados a ouvir e assim a murmuração aconteceu.

O Messias atento ao que acontecia, ouve e afirma que não havia nenhum tipo de laço para os prender e passa a relatar a eles que se outros feitos acontecessem seriam ainda mais complicados se eles os vissem acontecendo exatamente diante deles e ratifica a todos que a ação do Pai é fundamental para levar o perdido a se encontrar com o seu Salvador.

Seus discípulos muitos deles ao ouvirem esse relato, acharam pesado demais os ensinamentos e optaram por deixar de o seguir.

No texto lemos que o Messias também questiona se os doze discípulos queriam abandonar, Pedro tomando a palavra declara que somente nele há vida eterna, e ouve dele em resposta sobre o chamado de todos e o comportamento de um deles, pois entre eles havia um adversário.

Na Bíblia, "Diabo" (do grego "diabolos") e "Satanás" (do hebraico "satan") são frequentemente usados como sinônimos para se referir ao mesmo ser, o principal adversário, também conhecido como o acusador ou caluniador; ambos os termos descrevem a mesma figura, resumindo Satanás a origem vem da palavra hebraica "satan" que significa "adversário" ou "aquele que se opõe"; enquanto Diabo, a origem vem da palavra grega "diabolos" que significa "caluniador", "difamador" ou "aquele que divide".

O plano de salvação permanece inalterado e acessível a todos, sem distinção, porém, somente ocorre cada um por si, desta maneira cada um pode tomar sua decisão pessoal de aceitar ou passar a conviver por um tempo e deixar quando não for interessante ou abandonar de imediato, porém desde o princípio para cada ser criado, foi estabelecido seus dias conforme está descrito nas Escrituras Sagradas, e o Pai enviou essa proposta viva; assim como Cefas mencionou ao Messias quando indagado sobre a possibilidade de irem embora e deixarem de seguir esse caminho estreito que conduz para uma porta também estreita.

Quando o ser humano estiver em dúvida, sobre esse tema (Abandonar) basta parar e sinceramente buscar onde está o seu coração, pois as Palavras do Messias são o meio para situar cada um, quando menciona: “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mateus 06:21.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula