Base na Bíblia: João
05:47 a 06:01-09 “... Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas
minhas palavras? Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da
Galiléia, também chamado de Tiberíades. E seguia-o uma grande multidão, porque
via os sinais que operava sobre os enfermos. Subiu, pois, Jesus ao monte e
sentou-se ali com seus discípulos. Ora, a Páscoa, a festa dos judeus, estava
próxima. Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma multidão vinha ter com
ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto
para o experimentar; pois ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu Filipe:
Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pouco. Ao
que lhe disse um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um
rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para
tantos? ...”
“... Mas se não creem no que ele escreveu, como poderão
crer no que digo?’. Algum tempo depois, Yeshua foi para a margem mais distante
do lago Kinneret (isto é, Tiberíades), e uma grande multidão o seguiu, porque
viram os milagres que realizava a favor dos doentes. Yeshua subiu em um monte e
se sentou ali com os talmidim. Aproximava-se a festa de Pesach, realizada pelos
habitantes de Y’hudah, então, quando Yeshua olhou e viu uma grande multidão se
aproximando, disse a Filipe: ‘Onde poderemos comprar pão para todas essas
pessoas se alimentarem?’. (Yeshua disse isso para testar Filipe, porque Yeshua
sabia o que estava para fazer.) Filipe respondeu: ‘Nem metade do salário de um
ano seria suficiente para comprar-lhes pão – cada pessoa daria apenas uma
mordida!’. Um dos talmidim, André, irmão de Kefa, disse: ‘Há um jovem aqui com
cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que isso representa para tanta gente?’.
...”
Acreditar pode ser
um ato que carrega para aqueles que a colocam em prática, uma atitude corajosa,
ou seja, aqueles que a executam possuem uma grande responsabilidade pessoal, a
qual gera repercussões seja de ordem emocional ou material a todos que estão à
volta e os observam, uma vez que, cada ser humano sobre a face da terra é
individual e tem cada um o seu modo de viver e de proceder, assim tudo o que destoa
acaba caindo no grupo de julgamento que a maioria carrega em si.
Quando iniciamos a
leitura desse texto notamos que Moisés escreveu e todos liam, mas a
interpretação era complicada, pois exigia a determinação de aceitar cada
palavra, ou seja, uma coisa é ler um texto ou ser ensinado sobre ele, quando
verbal, mas outra coisa é o fato de aceitar o que está escrito e passar a se
portar de acordo, assim pela divergência lemos que chegou-se ao ponto em que o
Messias afirma ser difícil para eles entenderem, o momento real que viviam, uma
vez que eles deixavam de crer no que lá estava escrito, sobre os acontecimentos
que viviam mas, por sua vez, eles não conseguiam discernir e assim invalidavam pois
eram opostos entre si.
Jesus vai ao Mar
de Tiberíades na companhia de seus discípulos, conforme o texto menciona e uma
multidão procura o acompanhar, essas pessoas eram formadas por indivíduos que presenciavam
os milagres que eram operados para com os enfermos, e ao vê-los vindo em sua
direção pergunta a Filipe, seu discípulo, onde seria possível comprar pão para alimentar
a todos que estavam vindo; em resposta como havia feito com Natanael, ele faz
uma afirmação sobre o valor mínimo necessário para permitir um bocado de pão
para cada um, mas André que estava a ouvir, esse diálogo, se antecipa e
apresenta ao Mestre uma pessoa que estava junto deles e tinha a posse de 5
(cinco) pães e 2 (dois) peixinhos.
Filipe apontou o orçamento
para ter um modesto resultado enquanto André mencionou que o que tinham em mãos
era insuficiente para a situação que ocorria diante de seus olhos, ambos eram discípulos
do Senhor, e ouviam seus ensinamentos e tinham uma visão desde a infância dos ensinos
da Torah, e tiveram raciocínios claros da impossibilidade de resolver a
situação que estava diante deles.
Acreditar pode ser
a resposta que uma vez iniciada pode percorrer caminhos inimagináveis, seja no
sentido de apoiar-se em algo que supera as expectativas, de quem a inicia, e podem
levar a uma mudança da maneira de agir e pensar, mas podemos supor que não
poucos se apoiam em pilares que não suportam a mais fraca tempestade.
O universo está
diante de cada olhar e o tempo de cada ser humano, permite observar todos os
elementos que envolvem todo esse complexo meio de vida que há sobre a face da
terra e por consequência essa observação leva a mente humana a desenvolver
formas de buscar explicar cada acontecimento, que por sua vez, pode levar a uma
cegueira que impede de tirar a trave que fica no seu próximo, simplesmente por
não ver a trave que está em seu próprio olhar.
Um jovem rico
perguntou certa feita ao Mestre, o que era necessário fazer para obter a vida
eterna, sabemos que esse texto contido nos três evangelhos sinóticos trata da
vida eterna e da relação entre a fé, o amor a Deus e as posses materiais; a
resposta de ambos foram simples, e o Mestre a encerrou com o olhar de amor e apresentou-lhe
a proposta de que bastava vender e dar aos pobres todos seus bens (para ter um
tesouro no céu) e aceitar seguir vivendo (andar) ao seu lado.
A resposta de cada
ser humano não alterou, sim se assemelham, pelos mais diversos motivos, porém,
vejo pessoas no meu entorno, que tem tudo para serem felizes, porém, parece que
é impossível e quanto mais adquirem mais buscam e ao invés de encher seu
estoque, mais e mais vazios permanecem, pois falta aquilo que só o Messias pode
oferecer, a paz que excede a todo o entendimento e essa paz é dada não como o
mundo a dá, a todos que tem fome e sede de justiça, para preencher o vazio de
suas almas, pois esses se encontram com o Messias, o Filho do Deus; porém,
encerro essas palavras, declarando que sem fé é impossível agradar ao Senhor.
Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula
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