Base na Bíblia: João
06:15-21 “... Percebendo, pois, Jesus que estavam prestes a vir e levá-lo
à força para o fazerem rei, tomou a retirar-se para o monte, ele sozinho. Ao
cair da tarde, desceram os seus discípulos ao mar; e, entrando num barco, atravessavam
o mar em direção a Cafarnaum, enquanto isso, escurecera e Jesus ainda não tinha
vindo ter com eles; ademais, o mar se empolava, porque soprava forte vento. Tendo,
pois, remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus andando sobre
o mar e aproximando-se do barco; e ficaram atemorizados. Mas ele lhes disse: Sou
eu; não temais. Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco
chegou à terra para onde iam. ...”
“... Yeshua sabia que estavam a ponto de agarrá-lo e fazer
dele o rei; por isso, voltou para os montes. Desta vez, foi sozinho. Ao
anoitecer, os talmidim desceram ao lago, entraram em um barco e começaram a
travessia em direção a K’far-Nachum. Estava escuro; Yeshua ainda não havia se
unido a eles, e as águas estavam ficando agitadas, porque soprava um vento forte.
Eles remaram uns cinco ou seis quilômetros e meio quando viram Yeshua se
aproximando do barco, andando sobre o lago! Ficaram atemorizados, porém ele
lhes disse: ‘Parem de temer, sou eu!’. Queriam que ele entrasse no barco, mas o
barco chegou imediato ao lugar desejado. ...”
Na sociedade os cidadãos naturalmente possuem o direito de querer algo, seja para si, ou para os seus ou para o próximo, ou ainda para aqueles que quer para terceiros atuem com o objetivo de cumprir seus interesses pessoais ou até mesmo para pagar ou retribuir algo que se propôs a fazer.
O Senhor cuidou daqueles que vieram em
sua direção, e esses em retribuição intentaram tomá-lo para o fazer rei, mas ao
perceber essa possibilidade, optou por se separar de todos e seguir para os
montes sozinho, pois essa sim, era a vontade do Pai pela qual ele viera para
fazer e certamente hoje entendemos que era muito mais do que somente alimentar
os que estavam famintos de comida.
No cair da noite seus discípulos entraram
em um barco e seguiram na direção de Cafarnaum, dentro do barco não estava o
Messias, mas lá estavam eles se distanciando da margem; por cerca de 3 quilômetros
e meio da margem já estavam, quando avistaram algo diferente que chamou a
atenção de todos, mesmo com o vento contrário, algo ali estava e eles optaram
por identificar como sendo um vulto e isso muito os incomoda.
Boa parte dos discípulos tinham como
profissão o oficio de pescadores, logo, podemos supor que estavam acostumados
com os muitos prováveis, porém incertos acontecimentos inesperados poderiam
ocorrer, enquanto embarcados, mas esse em especial tinha algo diferente; sabemos
que cada coisa que acontece ao ser humano, ele não consegue definir se aceita
como um incomodo (algo) passageiro e assim todos eles se assustaram, mas esse
vulto persiste em permanecer e foi se aproximando do barco e dele saiu uma voz,
se identificando e solicitando para que eles permanecessem sossegados, pois não
só ouviam, mas agora podiam ver o Mestre andando e gostariam que subisse ao
barco, porém em algumas versões sugerem que ele só os acompanhou: ‘chegando
junto com eles na margem oposta de onde saíram’.
A arte de querer, se repete a cada novo
ciclo de vida, onde podemos definir o que queremos e o que não queremos, porém
no dia a dia é fácil perceber que mesmo sobre nossos interesses, coisas
contrárias vão acontecendo a eles e assim cada um trata da sua maneira a melhor
maneira de continuar seus dias; a proposta enviada pelo Eterno, citada nas
Escrituras e administrada pelo Messias, apontam para uma reconciliação, que nem
todos entendem e mesmo dentre aqueles que a entendem, esses a deixam de ser para
eles sua primeira opção, pois os tesouros ou a sedução do mundo, tem agido
desde os dias de Adão e as palavras da Serpente de ser igual ao Altíssimo ainda
carrega seu perfume que atrai dia a dia mais e mais pessoas.
Assim está registrado que "muitos são chamados, mas poucos são escolhidos" no Livro de Mateus 22:14, no original grego, a frase é: "πολλοὶ γὰρ ἐκκληῶται, ὀλίγοι δὲ ἐκλεκτοί" (poloi gar ekklēōtai, oligoi de eklektōi). A tradução literal é: "Muitos são chamados (convidados), mas poucos são escolhidos"; assim a salvação é pela Graça e não pela Lei, pois a Lei aponta para o pecado enquanto a Graça aponta para o perdão imerecido.
Do seu irmão em Cristo,
Marcos de Paula
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