sexta-feira, 23 de maio de 2025

A ARTE DE QUERER.

 

Base na Bíblia: João 06:15-21 “... Percebendo, pois, Jesus que estavam prestes a vir e levá-lo à força para o fazerem rei, tomou a retirar-se para o monte, ele sozinho. Ao cair da tarde, desceram os seus discípulos ao mar; e, entrando num barco, atravessavam o mar em direção a Cafarnaum, enquanto isso, escurecera e Jesus ainda não tinha vindo ter com eles; ademais, o mar se empolava, porque soprava forte vento. Tendo, pois, remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e ficaram atemorizados. Mas ele lhes disse: Sou eu; não temais. Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam. ...”

 

“... Yeshua sabia que estavam a ponto de agarrá-lo e fazer dele o rei; por isso, voltou para os montes. Desta vez, foi sozinho. Ao anoitecer, os talmidim desceram ao lago, entraram em um barco e começaram a travessia em direção a K’far-Nachum. Estava escuro; Yeshua ainda não havia se unido a eles, e as águas estavam ficando agitadas, porque soprava um vento forte. Eles remaram uns cinco ou seis quilômetros e meio quando viram Yeshua se aproximando do barco, andando sobre o lago! Ficaram atemorizados, porém ele lhes disse: ‘Parem de temer, sou eu!’. Queriam que ele entrasse no barco, mas o barco chegou imediato ao lugar desejado. ...”

Na sociedade os cidadãos naturalmente possuem o direito de querer algo, seja para si, ou para os seus ou para o próximo, ou ainda para aqueles que quer para terceiros atuem com o objetivo de cumprir seus interesses pessoais ou até mesmo para pagar ou retribuir algo que se propôs a fazer.

O Senhor cuidou daqueles que vieram em sua direção, e esses em retribuição intentaram tomá-lo para o fazer rei, mas ao perceber essa possibilidade, optou por se separar de todos e seguir para os montes sozinho, pois essa sim, era a vontade do Pai pela qual ele viera para fazer e certamente hoje entendemos que era muito mais do que somente alimentar os que estavam famintos de comida.

No cair da noite seus discípulos entraram em um barco e seguiram na direção de Cafarnaum, dentro do barco não estava o Messias, mas lá estavam eles se distanciando da margem; por cerca de 3 quilômetros e meio da margem já estavam, quando avistaram algo diferente que chamou a atenção de todos, mesmo com o vento contrário, algo ali estava e eles optaram por identificar como sendo um vulto e isso muito os incomoda.

Boa parte dos discípulos tinham como profissão o oficio de pescadores, logo, podemos supor que estavam acostumados com os muitos prováveis, porém incertos acontecimentos inesperados poderiam ocorrer, enquanto embarcados, mas esse em especial tinha algo diferente; sabemos que cada coisa que acontece ao ser humano, ele não consegue definir se aceita como um incomodo (algo) passageiro e assim todos eles se assustaram, mas esse vulto persiste em permanecer e foi se aproximando do barco e dele saiu uma voz, se identificando e solicitando para que eles permanecessem sossegados, pois não só ouviam, mas agora podiam ver o Mestre andando e gostariam que subisse ao barco, porém em algumas versões sugerem que ele só os acompanhou: ‘chegando junto com eles na margem oposta de onde saíram’.

A arte de querer, se repete a cada novo ciclo de vida, onde podemos definir o que queremos e o que não queremos, porém no dia a dia é fácil perceber que mesmo sobre nossos interesses, coisas contrárias vão acontecendo a eles e assim cada um trata da sua maneira a melhor maneira de continuar seus dias; a proposta enviada pelo Eterno, citada nas Escrituras e administrada pelo Messias, apontam para uma reconciliação, que nem todos entendem e mesmo dentre aqueles que a entendem, esses a deixam de ser para eles sua primeira opção, pois os tesouros ou a sedução do mundo, tem agido desde os dias de Adão e as palavras da Serpente de ser igual ao Altíssimo ainda carrega seu perfume que atrai dia a dia mais e mais pessoas.

Assim está registrado que "muitos são chamados, mas poucos são escolhidos" no Livro de Mateus 22:14, no original grego, a frase é: "πολλοὶ γὰρ ἐκκληῶται, ὀλίγοι δὲ ἐκλεκτοί" (poloi gar ekklēōtai, oligoi de eklektōi). A tradução literal é: "Muitos são chamados (convidados), mas poucos são escolhidos"; assim a salvação é pela Graça e não pela Lei, pois a Lei aponta para o pecado enquanto a Graça aponta para o perdão imerecido.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






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