sexta-feira, 30 de maio de 2025

A DEDICAÇÃO NECESSÁRIA.

 

Base na Bíblia: João 06:20-27 “... Mas ele lhes disse: Sou eu; não temais. Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam. No dia seguinte, a multidão que ficara no outro lado do mar, sabendo que não houvera ali senão um barquinho, e que Jesus não embarcara nele com seus discípulos, mas que estes tinham ido sós (contudo, outros barquinhos haviam chegado a Tiberíades para perto do lugar onde comeram o pão, havendo o Senhor dado graças); quando, pois, viram que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus. E, achando-o no outro lado do mar, perguntaram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o selo. ...”

 

“... porém ele lhes disse: ‘Parem de temer, sou eu!’. Queriam que ele entrasse no barco, mas o barco chegou imediato ao lugar desejado. No dia seguinte, a multidão que estivera do outro lado do lago percebeu que apenas um barco tinha estado ali e que Yeshua não entrara nele com os talmidim; eles estavam sozinhos ao partir. Outros barcos, de Tiberíades, pararam perto do lugar onde o povo tinha comido pão depois de o Senhor ter pronunciado a b’rakhah. Quando a multidão percebeu que nem Yeshua nem os talmidim estavam ali, entraram nos barcos e partiram em direção a K’far-Nachum à procura de Yeshua. Assim que o encontraram, do outro lado do lago, perguntaram-lhe: ‘Rabbi, quando chegou aqui?’. Yeshua respondeu: ‘Sim, eu lhes digo que vocês não me estão procurando porque viram os sinais miraculosos, mas apenas porque comeram pães até ficarem satisfeitos! Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem lhes dará. Porque este é aquele em que Deus, o Pai, colocou o selo de aprovação’. ...”

 

Dedicação segundo o dicionário da língua portuguesa, é esclarecido a cada leitor que se trata da qualidade ou condição de quem se dedica a alguém ou algo; logo um devotamento, ou entrega, ou ainda sacrifício, bem como a manifestação de amor, apreço e consideração, assim podemos imaginar que está dentro do ser humano esse sentimento e aparece em cada gesto que se mantenha presente vindo da sua parte.

Os discípulos temiam enquanto estavam barco ao ver o vulto, mas cessaram seus temores ao ouvir a voz do Messias falando com eles e desta maneira terminaram a travessia.

No dia seguinte, as pessoas que estavam ainda do outro lado, no local onde o Messias os recebeu, perceberam que lá não estava Jesus ou seus discípulos e partiram também de lá com o alvo de o encontrarem (ou o acharem), agora na outra margem, pois sabiam que seus discípulos para lá partiram sem o Mestre.

Saudaram a Jesus, ao o encontrarem e receberam uma resposta, direta, com ênfase inicial no motivo real do real motivo de o procurarem.

Ao afirmar essas palavras, Jesus apresenta o necessário dever do trabalho não só pelo comer, beber e vestir, mas também para que todos vivam na certeza de buscar o trabalho para a vida eterna, pois, esse é o Pão Vivo que desceu do céu; como declara as Escrituras que todos existem por ele e sem ele nada do que foi feito se fez; suas ações o levaram a cumprir a vontade do Pai, o qual em todo o tempo ratificou suas palavras e ações, enfim a unidade era presente, e hoje a conhecemos como trindade, pois o Plano Redentor estava se cumprindo diante de seus olhos, porém a dedicação necessária deles estava distante de seus corações.

No presente, quando lemos esse texto, ou as Escrituras no todo é possível notar que as Palavras dos profetas e do Messias estão se cumprindo, assim o trigo e o joio crescem juntos, bem como no mesmo pasto estão os bodes e as ovelhas, mas vem o Dia da Ceifa onde todas as coisas, sem qualquer julgamento humano ocorrerão e estarão diante do Cordeiro que é digno de abrir o Livro.

Sim, Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e como lemos, não veio para julgar e sim para salvar (resgatar) o que se havia perdido, logo, a dedicação necessária aparente deixará de emoldurar os quadros da vida dos seres humanos sobre a face da terra e somente os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 23 de maio de 2025

A ARTE DE QUERER.

 

Base na Bíblia: João 06:15-21 “... Percebendo, pois, Jesus que estavam prestes a vir e levá-lo à força para o fazerem rei, tomou a retirar-se para o monte, ele sozinho. Ao cair da tarde, desceram os seus discípulos ao mar; e, entrando num barco, atravessavam o mar em direção a Cafarnaum, enquanto isso, escurecera e Jesus ainda não tinha vindo ter com eles; ademais, o mar se empolava, porque soprava forte vento. Tendo, pois, remado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e ficaram atemorizados. Mas ele lhes disse: Sou eu; não temais. Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam. ...”

 

“... Yeshua sabia que estavam a ponto de agarrá-lo e fazer dele o rei; por isso, voltou para os montes. Desta vez, foi sozinho. Ao anoitecer, os talmidim desceram ao lago, entraram em um barco e começaram a travessia em direção a K’far-Nachum. Estava escuro; Yeshua ainda não havia se unido a eles, e as águas estavam ficando agitadas, porque soprava um vento forte. Eles remaram uns cinco ou seis quilômetros e meio quando viram Yeshua se aproximando do barco, andando sobre o lago! Ficaram atemorizados, porém ele lhes disse: ‘Parem de temer, sou eu!’. Queriam que ele entrasse no barco, mas o barco chegou imediato ao lugar desejado. ...”

Na sociedade os cidadãos naturalmente possuem o direito de querer algo, seja para si, ou para os seus ou para o próximo, ou ainda para aqueles que quer para terceiros atuem com o objetivo de cumprir seus interesses pessoais ou até mesmo para pagar ou retribuir algo que se propôs a fazer.

O Senhor cuidou daqueles que vieram em sua direção, e esses em retribuição intentaram tomá-lo para o fazer rei, mas ao perceber essa possibilidade, optou por se separar de todos e seguir para os montes sozinho, pois essa sim, era a vontade do Pai pela qual ele viera para fazer e certamente hoje entendemos que era muito mais do que somente alimentar os que estavam famintos de comida.

No cair da noite seus discípulos entraram em um barco e seguiram na direção de Cafarnaum, dentro do barco não estava o Messias, mas lá estavam eles se distanciando da margem; por cerca de 3 quilômetros e meio da margem já estavam, quando avistaram algo diferente que chamou a atenção de todos, mesmo com o vento contrário, algo ali estava e eles optaram por identificar como sendo um vulto e isso muito os incomoda.

Boa parte dos discípulos tinham como profissão o oficio de pescadores, logo, podemos supor que estavam acostumados com os muitos prováveis, porém incertos acontecimentos inesperados poderiam ocorrer, enquanto embarcados, mas esse em especial tinha algo diferente; sabemos que cada coisa que acontece ao ser humano, ele não consegue definir se aceita como um incomodo (algo) passageiro e assim todos eles se assustaram, mas esse vulto persiste em permanecer e foi se aproximando do barco e dele saiu uma voz, se identificando e solicitando para que eles permanecessem sossegados, pois não só ouviam, mas agora podiam ver o Mestre andando e gostariam que subisse ao barco, porém em algumas versões sugerem que ele só os acompanhou: ‘chegando junto com eles na margem oposta de onde saíram’.

A arte de querer, se repete a cada novo ciclo de vida, onde podemos definir o que queremos e o que não queremos, porém no dia a dia é fácil perceber que mesmo sobre nossos interesses, coisas contrárias vão acontecendo a eles e assim cada um trata da sua maneira a melhor maneira de continuar seus dias; a proposta enviada pelo Eterno, citada nas Escrituras e administrada pelo Messias, apontam para uma reconciliação, que nem todos entendem e mesmo dentre aqueles que a entendem, esses a deixam de ser para eles sua primeira opção, pois os tesouros ou a sedução do mundo, tem agido desde os dias de Adão e as palavras da Serpente de ser igual ao Altíssimo ainda carrega seu perfume que atrai dia a dia mais e mais pessoas.

Assim está registrado que "muitos são chamados, mas poucos são escolhidos" no Livro de Mateus 22:14, no original grego, a frase é: "πολλοὶ γὰρ ἐκκληῶται, ὀλίγοι δὲ ἐκλεκτοί" (poloi gar ekklēōtai, oligoi de eklektōi). A tradução literal é: "Muitos são chamados (convidados), mas poucos são escolhidos"; assim a salvação é pela Graça e não pela Lei, pois a Lei aponta para o pecado enquanto a Graça aponta para o perdão imerecido.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 16 de maio de 2025

VENDO O MILAGRE.

 

Base na Bíblia: João 06:07-15 “... Respondeu Filipe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pouco. Ao que lhe disse um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? Disse Jesus Fazei reclinar-se o povo. Ora, naquele lugar havia muita relva. Reclinaram-se aí, pois, os homens em número de quase cinco mil. Jesus, então, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos que estavam reclinados; e de igual modo os peixes, quanto eles queriam. E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. Recolheram-no, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Vendo, pois, aqueles homens o sinal que Jesus operara, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que havia de vir ao mundo. Percebendo, pois, Jesus que estavam prestes a vir e levá-lo à força para o fazerem rei, tomou a retirar-se para o monte, ele sozinho. ...”

 

“... Filipe respondeu: ‘Nem metade do salário de um ano seria suficiente para comprar-lhes pão – cada pessoa daria apenas uma mordida!’. Um dos talmidim, André, irmão de Kefa, disse: ‘Há um jovem aqui com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que isso representa para tanta gente?’. Yeshua disse: ‘Façam as pessoas se sentarem’. Havia muita grama ali, por isso eles se sentaram. O número de homens era de cinco mil. Então Yeshua pegou os pães, e, depois de dizer a b´rakhak, os deu a quem estava sentado ali, e fez o mesmo com os peixes, tanto quanto era necessário. Depois de terem comido até se saciarem, ele disse aos talmidim; ‘Juntem as sobras para que nada seja desperdiçado’. Eles juntaram as sobras e encheram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada deixados por aqueles que comeram. Quando as pessoas viram o milagre que realizara, disseram: ‘Ele deve ser ‘o Profeta’ que deveria vir ao mundo’. Yeshua sabia que estavam a ponto de agarrá-lo e fazer dele o rei; por isso, voltou para os montes. Desta vez, foi sozinho. ...”

 

Ouvir depoimentos de pessoas sobre fatos inexplicáveis ocorridos em suas vidas, ou mesmo, livramento de acontecimentos que poderiam levar a uma tragédia, muito impressiona a cada um de nós, principalmente quando estamos presente no mesmo momento do acontecimento, porém, ainda assim, podemos incluir grupos de pessoas que apoiam a ideia de que tudo não passa de uma montagem de dados que iludiram aquele que a recebeu bem como à aqueles que estão a volta e incluem os que além também estão a ouvir, pois a natureza humana é nutrida naturalmente em viver a sua realidade no talvez, ou mesmo caminhar seus dias simplesmente na face do somente estar ali, presenciar e ainda assim, sair do local duvidando que possa ser real, uma vez que duvidam ainda que sejam fatos permanentes e estejam expostos ou simplesmente narrados.

Ideologias, Crenças e Discriminação são algum dos fatores que convivem no meio de vida de cada ser humano sobre a face da terra, sendo que naturalmente, cada ser, opta pelo meio que deve pautar sua existência e nada o impede de moldar seu raciocínio na pluralidade de todos, ou no momento quando necessário se faça passa a tratar cada caso, ou acontecimento, pois a vida não vem com um manual para tomar suas decisões, logo, cabe a cada indivíduo posicionar-se diante de suas realidades, sabendo que muitas vezes poderá estar vivendo seus dias em limites opostos, porém seu julgamento sempre terá o momento de agir, seja essa ação por simples subsistência ou não.

Um grupo se aproxima do Mestre, em comum entre eles a maioria estão se aproximando simplesmente porque viram sinais e cuidados aos enfermos, logo, parte destes eram de pessoas que necessitavam, conheciam ou estavam grata pelo acontecimento que vivenciaram; por outro ângulo, ou ponto de vista, João cita que o Senhor vê, os que estão vindo e se preocupa pelo necessário para os alimentarem.

Da resposta de Filipe e da proposta de André, Jesus convida (obriga) que todos que chegaram se sentem, o interessante é que João cita que havia muita grama no local e que primeiramente os pães e os peixinhos foram consagrados ao Eterno e repartido a todos, que se estimavam em torno de 5000 (cinco mil) homens, logo, todos pegaram o suficiente para si, e 12 (doze) cestos foram recolhidos de sobras.

Um milagre diante de muitos, ao mesmo tempo acontecia e com certeza, uma reação coletiva foi crescendo em relação ao Senhor, pois era um fato e todos o reconheciam agora pelo nome de profeta que havia de vir, e em consequência optam pela atitude de o tomar e o fazer rei, pois assim estavam seguros.

Certo homem chamado Simão, o mágico, vivia em Samária e era respeitado por pessoas simples e também por pessoas ricas, e ele usava da arte da magia e intitulava-se um grande personagem, para o povo local; Filipe, ali chegou, passou a anunciar as Boas Novas e muitos se arrependeram tanto homens quanto mulheres, inclusive essa pessoa e foram imersos (batizados).

Pedro e João foram destacados de Jerusalém para Samaria pois a notícia chegou a eles, lá passaram a orar com imposição de mãos para receberem não só o batismo do arrependimento como também o Espírito Santo, na medida que ia acontecendo Simão, o magico viu o milagre acontecendo diante de seus olhos e propôs comprar esse poder, mas Pedro e João reagiram e Pedro lhe disse: ‘Vá tua prata contigo à perdição, pois cuidaste adquirir com dinheiro o dom de Deus. Tu não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua maldade e roga ao Senhor para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração; pois vejo que estás em fel de amargura e em laços de iniquidade.’ Atos 08:20-23.

Sim, a reação pessoal, pode trilhar os mais diversos caminhos, porém, basta ao ser humano perceber que o melhor caminho é o estreito e não o largo, assim como a melhor porta é a estreita e não a larga, para estar na Vida ao lado do seu Criador eternamente, lembrando que Jesus sabia o que estava por acontecer e optou por se afastar da multidão e assim só subiu ao monte.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula







 






sexta-feira, 9 de maio de 2025

ACREDITAR.

 

Base na Bíblia: João 05:47 a 06:01-09 “... Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras? Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, também chamado de Tiberíades. E seguia-o uma grande multidão, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. Subiu, pois, Jesus ao monte e sentou-se ali com seus discípulos. Ora, a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto para o experimentar; pois ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu Filipe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pouco. Ao que lhe disse um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? ...”

 

“... Mas se não creem no que ele escreveu, como poderão crer no que digo?’. Algum tempo depois, Yeshua foi para a margem mais distante do lago Kinneret (isto é, Tiberíades), e uma grande multidão o seguiu, porque viram os milagres que realizava a favor dos doentes. Yeshua subiu em um monte e se sentou ali com os talmidim. Aproximava-se a festa de Pesach, realizada pelos habitantes de Y’hudah, então, quando Yeshua olhou e viu uma grande multidão se aproximando, disse a Filipe: ‘Onde poderemos comprar pão para todas essas pessoas se alimentarem?’. (Yeshua disse isso para testar Filipe, porque Yeshua sabia o que estava para fazer.) Filipe respondeu: ‘Nem metade do salário de um ano seria suficiente para comprar-lhes pão – cada pessoa daria apenas uma mordida!’. Um dos talmidim, André, irmão de Kefa, disse: ‘Há um jovem aqui com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que isso representa para tanta gente?’. ...”

 

Acreditar pode ser um ato que carrega para aqueles que a colocam em prática, uma atitude corajosa, ou seja, aqueles que a executam possuem uma grande responsabilidade pessoal, a qual gera repercussões seja de ordem emocional ou material a todos que estão à volta e os observam, uma vez que, cada ser humano sobre a face da terra é individual e tem cada um o seu modo de viver e de proceder, assim tudo o que destoa acaba caindo no grupo de julgamento que a maioria carrega em si.

Quando iniciamos a leitura desse texto notamos que Moisés escreveu e todos liam, mas a interpretação era complicada, pois exigia a determinação de aceitar cada palavra, ou seja, uma coisa é ler um texto ou ser ensinado sobre ele, quando verbal, mas outra coisa é o fato de aceitar o que está escrito e passar a se portar de acordo, assim pela divergência lemos que chegou-se ao ponto em que o Messias afirma ser difícil para eles entenderem, o momento real que viviam, uma vez que eles deixavam de crer no que lá estava escrito, sobre os acontecimentos que viviam mas, por sua vez, eles não conseguiam discernir e assim invalidavam pois eram opostos entre si.

Jesus vai ao Mar de Tiberíades na companhia de seus discípulos, conforme o texto menciona e uma multidão procura o acompanhar, essas pessoas eram formadas por indivíduos que presenciavam os milagres que eram operados para com os enfermos, e ao vê-los vindo em sua direção pergunta a Filipe, seu discípulo, onde seria possível comprar pão para alimentar a todos que estavam vindo; em resposta como havia feito com Natanael, ele faz uma afirmação sobre o valor mínimo necessário para permitir um bocado de pão para cada um, mas André que estava a ouvir, esse diálogo, se antecipa e apresenta ao Mestre uma pessoa que estava junto deles e tinha a posse de 5 (cinco) pães e 2 (dois) peixinhos.

Filipe apontou o orçamento para ter um modesto resultado enquanto André mencionou que o que tinham em mãos era insuficiente para a situação que ocorria diante de seus olhos, ambos eram discípulos do Senhor, e ouviam seus ensinamentos e tinham uma visão desde a infância dos ensinos da Torah, e tiveram raciocínios claros da impossibilidade de resolver a situação que estava diante deles.

Acreditar pode ser a resposta que uma vez iniciada pode percorrer caminhos inimagináveis, seja no sentido de apoiar-se em algo que supera as expectativas, de quem a inicia, e podem levar a uma mudança da maneira de agir e pensar, mas podemos supor que não poucos se apoiam em pilares que não suportam a mais fraca tempestade.

O universo está diante de cada olhar e o tempo de cada ser humano, permite observar todos os elementos que envolvem todo esse complexo meio de vida que há sobre a face da terra e por consequência essa observação leva a mente humana a desenvolver formas de buscar explicar cada acontecimento, que por sua vez, pode levar a uma cegueira que impede de tirar a trave que fica no seu próximo, simplesmente por não ver a trave que está em seu próprio olhar.

Um jovem rico perguntou certa feita ao Mestre, o que era necessário fazer para obter a vida eterna, sabemos que esse texto contido nos três evangelhos sinóticos trata da vida eterna e da relação entre a fé, o amor a Deus e as posses materiais; a resposta de ambos foram simples, e o Mestre a encerrou com o olhar de amor e apresentou-lhe a proposta de que bastava vender e dar aos pobres todos seus bens (para ter um tesouro no céu) e aceitar seguir vivendo (andar) ao seu lado.

A resposta de cada ser humano não alterou, sim se assemelham, pelos mais diversos motivos, porém, vejo pessoas no meu entorno, que tem tudo para serem felizes, porém, parece que é impossível e quanto mais adquirem mais buscam e ao invés de encher seu estoque, mais e mais vazios permanecem, pois falta aquilo que só o Messias pode oferecer, a paz que excede a todo o entendimento e essa paz é dada não como o mundo a dá, a todos que tem fome e sede de justiça, para preencher o vazio de suas almas, pois esses se encontram com o Messias, o Filho do Deus; porém, encerro essas palavras, declarando que sem fé é impossível agradar ao Senhor.

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula








 






sexta-feira, 2 de maio de 2025

PENSAR NA VIDA ETERNA.

 

Base na Bíblia: João 05:37-47 “... E o Pai que me enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua forma; e a sua palavra não permanece em vós: porque não credes naquele que me enviou. Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; mas não quereis vir a mim para terdes vida! Eu não recebo glória da parte dos homens; mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis. Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? Não penseis que eu vos hei de acusar perante o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais. Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim ele escreveu. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras? ...”

 

“... ‘Além disso, o Pai que me enviou foi testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram sua voz, nem viram sua forma; Ademais, sua palavra não permanece em vocês, porque não confiam em quem ele enviou. Vocês continuam a examinar o Tanakh por pensar que nele terão vida eterna. Essas mesmas Escrituras dão testemunho a meu respeito, mas vocês não querem vir a mim para ter vida! ‘Não aceito louvor humano, mas conheço vocês – sei que não têm nenhum amor a Deus! Vim em nome de meu Pai, e não me aceitaram, se outra pessoa vier em seu nome, a aceitarão. Como vocês podem confiar? Vocês estão ocupados, procurando aceitação mútua, em vez de procurarem unicamente o louvor devido a Deus. ‘Não pensem que serei o acusador de vocês perante o Pai. Sabem quem os acusará? Mosheh, aquele com quem vocês contam! Se vocês realmente cressem em Mosheh, creriam em mim, porque ele escreveu a meu respeito. Mas se não creem no que ele escreveu, como poderão crer no que digo?’. ...”

 

Venham a mim, todos os que passam por lutas e estão sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Assim está escrito em Mateus 11:28.

Entretanto, busquem em primeiro lugar seu Reino e sua justiça, e todas estas coisas também lhes serão dadas. Assim está escrito em Mateus 06:33.

Vida Eterna, palavra que permeia a mente desde o mais simples mortal ao mais complexo dos seres humanos, ou ainda, vivemos em tempo de Inteligência Artificial, e estamos em pura expansão sobre esse tema e essa segue a mesma dinâmica, ponderando sobre o provável arquivo e a geração de quebra do tempo que o carbono exerce sobre os mortais; assim seja em que tempo for e atingindo em cada crença, ou em cada ensino de nossos ancestrais, permanece sempre uma maneira de apresentar uma resposta sobre o amanhã de cada um.

Aos educadores permanece a delicada arte de informar sem impor suas impressões, e sim deixando ao aprendiz a faculdade de tratar cada aprendizado declarado, para enfim, ser incorporado ao seu proceder em seu cotidiano, mas a arte de ser instrumento e não a fonte do conhecimento, permanentemente esbarra no eu pessoal de cada ser humano.

No desespero de achar solução para a arte de agradar, lemos que a preocupação de ser legitimo esbarrou severamente em outros valores, como o amor ao próximo e o direito de se expressar, pois o julgamento tende a ter um veredito e por sua vez como lemos neste texto, a ação foi na direção da destruição, enquanto os ensinos de Moisés sempre abraçam o zelo por estar em harmonia com seu Criador.

Jesus, apresenta o cuidado a cada pessoa para que a vida eterna seja presente aos seus, como um bom Mestre busca apresentar a legitima preocupação da qual nem sempre é possível (dificilmente), tirar a trave que está no olho de seu próximo, quando a sua permanece, assim, cada ensino buscava propor a reflexão, porém, como foi nos dias de outrora, como se mantém nos dias presentes e vindouros, o imediatismo e a falta de se ocupar com os cuidados do amanhã, ficam restritos pelo encanto da juventude e vigor; deixados para um segundo momento em outra etapa, quando o tempo, conjugado com o corpo deixa de responder no simples ato de ir e vir.

Severa é a maneira de tratar o julgamento, principalmente para o réu, porém Jesus, o Raboni, antecipa que, o que tem autoridade para acusar, deixa de acusar quando o meio que é considerado como regra de conduta, deixa de ser observado e assim cabe ao falado e escrito  Moisés a acusação.

Mesmo nós gentios, não existe desculpas, ainda que fôssemos distantes e excluídos desse conhecimento, pois, assim escreve Paulo de tardo, no Livro de Romanos capítulo 01 versículos 16-17: “Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego. Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.”

 

Do seu irmão em Cristo,

Marcos de Paula